GESTANTES

Terapias Naturais Aline Melo - Apoio Psicoterapêutico e "Doulístico" :)






O que faço como Doula?
As doulas são figuras importantes na retomada do parto fisiológico, natural, humanizado.
Dão suporte físico, emocional e informativo às mulheres baseado em evidências científicas, seus companheiros e familiares durante a gestação; no trabalho de parto, a Doula ajuda a mulher a encontrar posições confortáveis, realiza exercícios, mostra formas eficientes de respiração, atua com medidas não farmacológicas de alívio da dor – como banhos, massagens, relaxamento –, esclarece termos médicos e procedimentos, enfim, oferece um importante suporte a mulher para que ela passe mais tranquilamente pelo intenso processo que é dar à luz; no pós-parto, oferece apoio, especialmente em relação à amamentação e cuidados com o bebê com o objetivo de proporcionar uma experiência positiva de maternagem e reforçar o vínculo mãe-bebê favorecendo uma experiência da maternidade positiva e integradora.
Com sensibilidade, técnica e experiência, podem ir além, dependendo da formação de cada profissional.

Minha experiência como terapeuta natural, psicoterapeuta e mãe, me permite auxiliar os casais e as famílias nos níveis físico, emocional, mental e energético, tendo portanto uma experiencia integradora, holística, pois cuida do todo.
Minha contribuição pode partir desde a orientação do desejo de conceber uma criança, seu planejamento familiar, o acompanhamento na compreensão e melhor experiencia das várias fases da gestação, todo suporte psicoterapêutico nas possíveis dificuldades, ansiedades, dores e medos. INFORMAÇÃO E APOIO PSICOTERAPÊUTICO NATURAL!
Por já ter vivido esta grande experiência, sei que muitas partes dentro de nós são mobilizadas para cura neste período, interessante também para conseguir todos os tipos de informações que asseguram e trazem leveza ao papel natural e único que é a maternagem. Orientações que vão desde a alimentação, exercícios, sono, etc da mãe e do bebe, complementam, explicitam e até esclarecem muito, devido a relação mais próxima e amorosa, do acompanhamento do médico e do pediatra. Além de leveza e bem estar, já que, como terapeuta natural, podemos realizar sessões de diálogos terapêuticos, massagens relaxantes , drenagens linfáticas e reiki visando relaxamento em vários níveis, como de inchaços, dores, etc. Um suporte completo e único para cada situação e família.
"PRA MÃE PARIR DA MANEIRA QUE SONHA, CONSCIENTE E CONFIANTE "
Parte fundamental na assistência ao parto, as Doulas trazem a importância do papel feminino de apoio e força da mulher, como em uma família, fazendo uma ponte de intersecção entre a comunicação médica com a gestante e a parturiente.
"A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o ministérios da Saúde de vários países, entre eles o Brasil (portaria 28 de maio de 2003), reconhecem hoje a profissão de doula. Pesquisas realizadas na última década demonstraram que, sob a supervisão de uma doula, o parto evolui com maior tranqüilidade e rapidez e com menos dor e complicações tanto maternas como fetais."


Assim, muito emocionada e impulsionada pelo meu sonho de fazer a diferença neste mundo, pelo meu desejo CONTRIBUIR com os partos de mulheres que tragam seres humanos com mais respeito e dignidade (pra termos um mundo construído nestes valores) , pra apoiar e esclarecer toda a família para relações mais humanas e respeitosas, e por achar o momento mais lindo da vida de qualquer mulher e ser humano, eu SOU este apoio profissional e amigo nestes momentos de luz e alegria tão vibrantes na vida das pessoas.
Eu sei que nem tudo são flores, e que uma maternidade esclarecida passa por fases de muita dificuldade, mas ACREDITE! È POSSÍVEL! E trabalharei com muito empenho, amor e respeito, por cada família que sentir-se apoiada e segura pelo meu trabalho.
_/\_ Namastê /\_
ALINE MELO - Psicoterapeuta e Doula

Leituras obrigatórias:

Plano de Parto: Preferências para o Nascimento

Muito se fala sobre o plano de parto. Eu o vejo como uma carta de sonhos e desejos. Um documento oficial dos sonhos e desejos, protocolado pelo "PODER DA MULHER". iNFELIZMENTE NESTE MUNDO DE DESUMANIZAÇÃO, AS MULHERES TEM QUE GARANTIR QUE SEU DESEJO DE PARIR, DE RESPEITAREM SUA FORÇA E NATURALIDADE DE UM PROCESSO QUE É DELA,  aconteça nos hospitais.

Sendo assim, o plano de parto é uma  uma carta onde a gestante diz como prefere  passar pelas diversas fases do trabalho de parto e como ela quer que seu que seu bebê seja cuidado após o imediato nascimento. Ele não é um plano rígido, é um INSTRUMENTO que propicia oportunidade para refletir com cuidado e definir preferências.

Porque fazer um plano de parto?

De um evento fisiológico natural  o nascimento foi transformado nos últimos quarenta anos em complicados procedimentos médicos operatórios, cheios de procedimentos artificiais e com uso de potencialmente prejudiciais ao bebê e à mãe. São utilizadas muitas vezes desnecessariamente.  Estes procedimentos incluem drogas para apressar o parto,  a episiotomia, fórceps, vácuo-extrator e cesariana, entre outros. Em verdade, qualquer destes procedimentos é necessário em não mais do que 20% da totalidade dos nascimentos, segundo Marsden Wagner, Wagner, no livro Technology in Birth. Nas maternidades privadas mais de 95% dos partos são partos cirúrgicos. Os casais brasileiros estão percebendo cada vez mais que os médicos e profissionais da saúde “ainda que bem-intencionados” nem sempre têm respaldo científico para as práticas obstétricas, muitas das quais são adotadas simplesmente por serem parte de uma tradição médico-hospitalar.

Sendo assim, é importante a gestante/casal serem ESCUTADOS / RESPEITADOS. Dialogar sobre suas expectativas, sonhos, desejos, sentimentos, inseguranças. Saber das suas experiências passadas, seus valores e crenças. Qual a situação de vida atual, inclusive econômica, moradia, relação com o marido, família. Refletir  e definir aquilo que é importante. Participar das decisões com oportunidade de escolha e não por medo.

A mulher tem que saber e sentir que SEU CORPO ESTÁ TOTALMENTE PREPARADO para o nascimento do seu filho. È do tamanho certo, tem respostas ideais, e seu sistema funciona bem quando ela está segura e relaxada, sente se apoiada  e confiante.

A gestante tem direito de saber quais os procedimentos e rotinas de assistência ao parto , que métodos são naturais (não farmacológicas/médicas/cirúrgicas) e favorecem o desenvolvimento fisiológico natural do parto e podem prevenir complicações, ex: Posições que ajudam na hora do nascimento, movimentos, respirações, massagens, relaxamento.

Como vai funcionar seu mecanismo de dor e do stress. Possíveis complicações na evolução do trabalho do parto e do puerpério. Possíveis Intervenções medicas ou cirúrgicas que possuem evidencias cientifica*, seus riscos/ benefícios/ indicação.

Cada intervenção tecnológica necessita ser avaliada não só por seus riscos e benefícios intrínsecos mas também pelo seu efeito sobre a experiência do nascimento e consequentemente, sobre o primeiro encontro entre os pais e o bebe, onde uma intervenção levará a necessidade da próxima e assim haverá uma cascata de intervenções de crescente gravidade.

*Sobre as evidencias cientificas – quais práticas são benéficas e seguras, inclusive recomendadas OMS – ORGANIZAÇÂO MUNDIAL DE SAÙDE.

A escolha de QUEM ESTARÁ NO SEU PARTO, principalmente do familiar e dos profissionais tem que ser previamente decidida. Quais os profissionais que assistirão o parto?  A acompanhante, DOULA, vai estar todo o tempo evidenciando a capacidade e a confiança da mulher para dar à luz e cuidar de seu filho. Geralmente esta capacidade natural é tolhida pelas pessoas que a atendem nos grupos de saúde, reforçadas a vida toda por uma cultura de diminuição da mulher, e aparece muito forte no ambiente do nascimento e nas emoções e inseguranças da gestante. Por isso a presença da Doula, é indispensável pra promover circunstancias e apoio emocional que vão garantir o empoderamento da mulher nesta capacidade natural e linda, que é parir.


De forma resumida,  os pontos importantes de um plano de parto são:
- QUEM VAI ESTAR PRESENTE : ACOMPANHANTE DE ESCOLHA/ PROFISSIONAL: Médico Enfermeira obstétrica , APOIO: DOULA „
- ONDE VOCÊ QUER TER SEU BEBÊ? Casa, casa de parto,maternidade e rotinas
- COMO (TIPO DE PARTO): natural, normal, Leboyer (penumbra), vertical, cócoras, cadeira, ducha, banheira, anestesia, induzido, com ou sem anestesia, induzido,  cesárea.
- QUAIS são os procedimentos médicos que você aceita e quais você prefere evitar?

Informações úteis: favorecendo a escolha informada
Recomendações da OMS Organização Mundial da Saúde) no Atendimento ao Parto Normal
A) Condutas que são claramente úteis e que deveriam ser encorajadas
B) Condutas claramente prejudiciais ou ineficazes e que deveriam ser eliminadas
C) Condutas freqüentemente utilizadas de forma inapropriadas
D) Condutas freqüentemente utilizadas de modo inadequado „
(Essa tabela de recomendações é a "parte 5" do Manual de Parto Humanizado do Projeto Luz – JICA):


A) Condutas que são claramente úteis e que deveriam ser encorajadas
*Não utilizar métodos invasivos nem métodos farmacológicos para alívio da dor durante o trabalho de parto e sim métodos como massagem e técnicas de relaxamento. „
*Fazer monitorização fetal com ausculta intermitente.
* Usar materiais descartáveis ou realizar desinfecção apropriada de materiais reutilizáveis ao longo do trabalho de trabalho de parto.
* Usar luvas no exame vaginal, durante o nascimento do bebê e na dequitação da placenta.
* Liberdade posição e movimento durante o trabalho do parto.
*„ Estímulo a posições não supinas (deitadas) durante o trabalho de parto.
* Monitorar cuidadosamente o progresso do trabalho do parto, por exemplo, pelo uso do partograma da OMS. „
* Esterilizar adequadamente o corte do cordão.
* Prevenir hipotermia do bebê.
*Realizar precocemente Realizar precocemente contato pele a pele, entre mãe e filho, dando apoio ao início da amamenta cio da amamentação na primeira hora do pós-parto, conforme diretrizes da parto, conforme diretrizes da OMS sobre o aleitamento materno.
*Examinar rotineiramente a placenta e as membranas.

B) Condutas claramente prejudiciais ou ineficazes e que deveriam ser eliminadas
* Uso rotineiro de enema (lavagem intestinal). „
*Uso rotineiro de raspagem dos pelos púbicos. „
* Infusão intravenosa rotineira em trabalho de parto.
* Inserção profilática rotineira cânula intravenosa.
 *Uso rotineiro da posição supina durante o trabalho de parto.
*Exame retal. „
*Uso de pelvimetria radiográfica. „
*Administração de ocitócicos (estimulantes uterinos) a qualquer hora antes do parto de tal modo que o efeito delas não possa ser controlado.
*Uso rotineiro da posição de litotomia (deitada) com ou sem estribos durante o trabalho de parto. „
*Esforços de puxo prolongados e dirigidos puxo (manobra de Valsalva) durante o período expulsivo. „
*Massagens ou distensão do períneo durante o parto.
*Uso de tabletes orais de ergometrina (medicamento que provoca a contração do útero) na dequitação para prevenir ou controlar hemorragias.
*Uso rotineiro de ergometrina parenteral na dequitação (expulsão da placenta).
* Lavagem rotineira do útero depois do parto.
*Revisão rotineira (exploração manual) do útero depois do parto.



C) Condutas frequentemente utilizadas de forma inapropriadas

- Método não farmacológico de alívio da dor durante o trabalho de parto, como ervas, imersão em água e estimulação nervosa.

- Uso rotineiro de amniotomia precoce (romper a bolsa d’água) durante o início do trabalho de parto.

- Pressão no fundo uterino durante o trabalho de parto e parto.

- Manobras relacionadas à proteção ao períneo e ao manejo do polo cefálico no momento do parto.
- Manipulação ativa do feto no momento de nascimento.
- Utilização de ocitocina rotineira, tração controlada do cordão ou combinação de ambas durante a dequitação.
- Clampeamento (uso de grampo para interromper o fluxo sanguíneo) precoce do cordão umbilical.
- Estimulação do mamilo para aumentar contrações uterinas durante a dequitação.



D) Condutas frequentemente utilizadas de modo inadequado
- Restrição de comida e líquidos durante o trabalho de parto.
- Controle da dor por agentes sistêmicos.
- Controle da dor através de analgesia (anestesia) peridural.
- Monitoramento eletrônico fetal
- Utilização de máscaras e aventais estéreis durante o atendimento ao parto.
- Exames vaginais freqüentes e repetidos especialmente por mais de um prestador de serviços.
- Correção da dinâmica com a utilização de ocitocina.
- Transferência rotineira da parturiente para outra sala no início do segundo estágio do trabalho de parto.
- Cateterização (introdução de sonda) da bexiga.
- Estímulo para o puxo quando se diagnostica dilatação cervical completa ou quase completa, antes que a própria mulher sinta o puxo involuntário.
- Adesão rígida a uma duração estipulada do segundo estágio do trabalho de parto, como por exemplo uma hora, se as condições maternas e do feto forem boas e se houver progresso do trabalho de parto.
- Parto operatório (cesariana).
- Uso liberal ou rotineiro de episiotomia (corte na região vaginal).
- Exploração manual do útero depois do parto.



A construção do Plano de parto vai ser um orientador: de condutas no hospital/casa de parto, expectativas da mãe/pai, e, após o parto, uma fonte rica para rever todo este ritual de renascimento e nascimento, tão importantes. Através dele, no meu acompanhamento “terapêutico doulístico”, vamos rever, passo a passo as sensações e memórias deste dia tão importante. Vamos refletir e dialogar, chorar sorrir, ressignificar o que ficou obscurecido pela ocitocina, limpar, mergulhar naquilo que for preciso.
O plano de parto faz parte de desejos e sonhos de uma mulher, e deve ser olhado com amor e respeito. Como sua doula, tentarei levar a você a memória dos seus deejos e sonhos, pra ajudar na tomada das suas decisões e do seu parceiro, no dia do seu parto. Mas o farei com respeito, pois, dependendo da situação, meu apoio, mais do que a defesa do plano, se fará mais necessário. E vice-versa <3
Bora sentar e Fazer o seu plano?

Forte abraço, paz e luz!


AS FASES DO TRABALHO DE PARTO



Toda mulher precisa se informar sobre o que pode vir a sentir – sem medo, no seu trabalho de parto. Informação é a chave pra tomar as melhores decisões. Bacana se o/a (@) companheir@ ler também, pra ninguém se desesperar e fugir dos combinados por medo ou ansiedade .
O texto gigante escrito abaixo é resultado de uma “garimpação” pessoal, com comentários e costuras minhas. As referências “siteográficas” estão abaixo.

“Cada mulher vai sentir o parto de um jeito. Pode levar dias, horas, minutos: o trabalho de parto vai acontecer e toda mulher vai ter dilatação (até porque não existe falta de dilatação, existe parto induzido fora do trabalho de parto), pode sentir a contração do trabalho de parto, pode passar pela fase latente, pela fase ativa, pelo expulsivo e pelo círculo de fogo. Toda essa trajetória para conhecer pessoalmente aquele que essa mulher carregou no ventre por tantas semanas, seu filho. A proximidade pode trazer medo: da dor, da contração, do tempo, da intervenção, da bolsa não estourar, de acontecer algo com o bebê, do modo como você vai ser tratada. A dor do parto é da natureza do corpo humano e não há comprovações científicas que deem conta de explicar qual é o gatilho que faz o parto começar. Pode acontecer também simplesmente da mulher não sentir dor alguma durante o trabalho de parto.
Vamos combinar algumas coisas? Confie no seu corpo, acredite que você consegue. O corpo da mulher é capaz de parir há milhares de anos. A tecnologia da medicina existe para salvar vidas, a exemplo da cesárea e do acompanhamento do pré-natal, e as intervenções podem ser feitas em casos extremamente necessários ou para trazer conforto para a mãe, no caso específico da analgesia que alivia a dor de parir sem tirar o protagonismo do parto da mulher. A informação sobre cada fase do trabalho de parto ajuda a gestante a se preparar com calma e a saber que todo o processo é normal, pode acontecer com todas as mulheres e termina com o nascimento de um filho, uma mãe e um pai.


Como pontua o obstetra Ricardo Jones no documentário O Renascimento do Parto, o nascimento é um evento único que reúne a vida, a morte e a sexualidade de cada um de nós. Único e ainda indecifrável. As evidências científicas em torno do parto não conseguem explicar o que acontece no corpo da mulher que dá início ao processo (mas há o que ajude a iniciar o trabalho de parto: caminhadas, exercícios na bola e acupuntura, ambos com orientação profissional, e sexo são alguns facilitadores; somente a acupuntura é comprovada cientificamente). Segundo Natalia Rea (SP), 38, obstetriz, mãe da Helena, nove: “A ciência ainda não conseguiu definir o que desencadeia o parto. O que se sabe é que tem um componente que é do bebê, são sinais que ele manda mostrando que o pulmão está pronto, de que já pode respirar fora da barriga da mãe e têm também outros componentes químicos que acontecem na mulher, no colo do útero, que ainda não são totalmente explicados”, comenta. No entanto, as fases pelas quais a mulher passa durante todo o pré-parto, trabalho de parto e pós-parto já estão (ufa!) mais delineadas. Com variações de tempo, de duração e intensidade, já que cada mulher sente de um jeito.”
Aqui em baixo, separei uma tabela que fala de uma média genérica da duração das fases do trabalho de parto, pra irmos nos preparando para todas as possibilidades <3



Os valores temporais acima indicados correspondem a TP Trabalhos de Partos) espontâneos não estimulados com ocitocina e aumentam ligeiramente nas parturientes sob analgesia epidural. Adaptado de Gabbe SG et al. Obstetrics-Normal and problem pregnancies, 6ª ed., cap. 13, Saunders, Filadélfia, 2012

Os estágios do parto
O trabalho de parto se divide em três estágios principais, porém antes deles temos os famosos PÓDROMOS, falaremos com detalhes de todos, mas resumidamente: no primeiro estágio, acontecem as contrações que levam à dilatação do colo do útero, cujo orifício abre 10 centímetros. 
Depois vem o segundo estágio, o de expulsão, quando você tem de fazer força. 
O terceiro estágio é a saída da placenta, depois que o bebê nasce. 


Pródomos
Primeira fase do trabalho de parto, os pródomos podem durar horas, dias ou semanas. A mulher começa a sentir as primeiras contrações, que são espaçadas e irregulares – quanto mais as contrações seguirem um padrão, mais próximo está o parto. Segundo Natalia Rea, “Os pródomos são quando a mulher começa a mostrar qualquer sinal de que o parto está para acontecer a qualquer momento. Para algumas mulheres, os pródomos podem durar semanas. Outras mulheres podem nem apresentar ou nem terem percebido que passaram por eles. Se a mulher perde o tampão mucoso, por exemplo, (secreção bege que ela percebe na calcinha, semelhante a um catarro, às vezes pode vir com sangue) é um sinal que ela está em pródomos. Quando ela começar a sentir contrações de a barriga ficar dura e ao mesmo tempo sentir uma cólica, sendo que essas contrações são bem espaçadas durante o dia, ela também está nessa fase”.
As contrações significam que o colo do útero está começando a se preparar para entrar em trabalho de parto. “É muito difícil de ver através do exame de toque. Realmente, o que está acontecendo é uma preparação do colo, então a cabecinha do bebê de vez em quando é pressionada para baixo se ela já tiver as contrações com dor, e isso vai fazendo o colo do útero ficar cada vez mais molinho e vai também o afinando. Isso também vai depender muito de mulher para mulher”, completa.



Fase latente
Depois dos pródomos, o parto se encaminha para a fase latente, período em que as contrações não estão irregulares e espaçadas, são suportáveis e têm intervalos irregulares, ou seja, uma pode vir com intervalo de cinco minutos, a outra pode vir com intervalo de 15 minutos, a próxima depois de quatro minutos. “A fase latente é comparada com a maré: quando ela sobe, vem uma onda mais forte, mas na sequência vêm ondas mais fracas e aos poucos a maré vai subindo até chegar à fase ativa do trabalho de parto. As contrações ainda são bem tranquilas. A grande maioria das mulheres descrevem a contração da fase latente como uma cólica menstrual. A mulher sente a contração como um desconforto menstrual, que vem com intervalos, então durante um tempo ela sente a contração da barriga ficar dura e a cólica, e após alguns minutos ela sente de novo.” A contração dura de 30 a 50 segundos, em média. Em teoria, o que acontece na fase dos pródomos e na fase latente não é a dilatação do parto, mas uma preparação do colo. Por isso, a dilatação costuma ser lenta e gradual e para muitas mulheres e imperceptível nesse início, principalmente até os três centímetros. Pode-se dizer que até os seis centímetros de dilatação a mulher ainda está na fase latente.



Uma contração em que a mulher consegue continuar conversando, considera-se como uma contração de fase latente, porque a grande maioria das mulheres, quando entra na fase ativa, não conseguem. “Outro sinal de fase latente é que as mulheres, após passarem pela contração, conseguem fazer outras coisas, conseguem conversar, dormir, ver filme, fazer um bolo, conseguem fazer várias coisas nos intervalos, porque eles são longos, as contrações não são tão fortes. O ideal é que ela continue se distraindo e fazendo coisas normalmente nessa fase e não vá para o hospital, pois é mais confortável ficar em casa. Há mulheres que saem para passear no parque, saem para comer e a gente acaba vendo que isso é muito positivo, porque fica a sensação de que o trabalho de parto não foi tão longo assim; do que se em função do parto ela parasse tudo, não dormisse se fosse de madrugada”, explica Natalia.
Como saber se você está na fase latente? Primeiro, a dor é suportável. As contrações vêm em ondas, são doloridas, mas ainda possuem intervalos. “Muitas mulheres me pergutam, enquanto ainda estão na fase latente, que horas vão entrar na fase ativa. Mas essa é uma resposta que infelizmente não pode ser dada. Alguma hora vai acontecer. Há mulheres que ficam dias na fase latente ou nos pródomos e ficam aflitas querendo saber quando vão entrar na fase ativa e se perguntando se vão entrar na fase ativa.” Elas vão, claro, porque toda mulher pode parir seu filho, em condições saudáveis de gestação e com respeito e apoio dos acompanhantes e profissionais ao seu redor.

O que você pode fazer 

-COMA.Se fizer muito tempo que você não come nada, coma algum carboidrato (como um pouco de pão ou macarrão, que têm rápida digestão) ao primeiro sinal de que pode estar em trabalho de parto. Ainda vai demorar um pouco para você ir para o hospital, e ali o trabalho de parto também pode se estender por várias horas, o que é normal. 
PS: No hospital, os médicos preferem que se fique em jejum -- até de água --, para evitar o risco de aspiração se for necessário tomar anestesia L Então, sequeres um parto normal, aguarde!
-Relaxe o máximo que puder, apesar da ansiedade.
- Caminhe, respire, veja um filme.

Avise o médico/equipe/DOULA sobre as contrações: eles vão querer se programar, mesmo que ainda falte bastante tempo para o parto em si. Essa fase pode durar muitas horas.


Fase ativa

Você estará em trabalho de parto ativo quando seu colo do útero tiver dilatado de 3 a 6 centímetros. As contrações vão ficando mais fortes e mais frequentes, e talvez mais longas. Elas podem chegar a intervalos de três a quatro minutos, e durar de 60 a 90 segundos. 

É provável que você não consiga falar durante essas contrações. Pare e procure respirar fundo. Técnicas de respiração ajudam a manter a calma e o controle. 








Entre as contrações, dá para falar de novo, andar, beber alguma coisa e se preparar para as próximas. As contrações da fase

A máxima é: se você está em dúvida se está em trabalho de parto ou não, é porque você não está. “A hora em que a mulher entra em trabalho de parto, não há mais dúvida. Várias mulheres me falam durante seus trabalhos de parto: ‘agora eu entendi porque aquela hora você me disse que eu não estava em trabalho de parto. Aquelas contrações realmente não eram nada.’ Todas as mulheres vão perceber: existe uma diferença muito grande entre a fase latente e a fase ativa”, explica Natalia. Na fase ativa, a mulher se concentra só no trabalho de parto. A fase ativa começa quando a mulher está com seis centímetros de dilatação, o colo fino e contrações regulares a cada três minutos. É muito normal a mulher vocalizar mais nesse período e a emitir sons que a ajudam a lidar com a dor. “Tem realmente uma fase final que é a mais forte, dos oito centímetros até a dilatação total, que é a fase em que é normal ouvir as mulheres dizendo que não aguentam mais, essa é a fase de transição da fase ativa para o expulsivo. O que vai diferenciar bem claramente para qualquer pessoa que estiver acompanhando, é que a mulher vai começar a sentir vontade de fazer força”, completa Natalia. Contrações quase ininterruptas, fortes e sem vontade de fazer força são as características da fase ativa.





O que você pode fazer 


- Vá para a maternidade ou tenha a equipe de parto consigo. As contrações vão começar a vir uma em cima da outra.

- Tente ouvir o que diz o seu corpo. Será que você ficaria mais confortável numa outra posição? Ir ao banheiro ajudaria? Ou andar um pouco? 



- A respiração e o relaxamento são essenciais a essa altura, e seu parceiro/DOULA pode ajudá-la. Um banho quente pode aliviar a dor -- há maternidades que dispõem de banheiras para isso, mas o chuveiro já ajuda. 



-Às vezes, em determinado momento do trabalho de parto, o colo do útero começa a dilatar menos, ou até para. Se isso acontecer, experimente mudar de posição, ou pedir uma massagem para seu parceiro/DOULA. 



Expulsivo


Na fase de transição, o colo do útero chega a 10 centímetros de dilatação. As contrações podem durar até um minuto e meio cada, vindo em intervalos de dois em dois ou de três em três minutos. 



Pode ser que você tenha tremedeira, sinta frio ou enjoo (ou talvez não sinta nenhuma dessas coisas!). Para muitas mulheres, essa fase é uma experiência tão intensa que parece que o corpo dela assumiu vida própria. 



Vontade de fazer força? Você está na fase do expulsivo, cuja principal característica é a vontade do “puxo”. De acordo com Natalia, “Como já dilatou o colo do útero inteiro, o bebê começa a descer pelo canal vaginal da mulher e ela vai sentindo uma pressão que faz com que ela tenha vontade de fazer força. Muitas mulheres descrevem essa vontade de fazer força com a mesma vontade de quando querem defecar. Por isso, a mulher vai mudar esse som e vai suprimindo a respiração para fazer a força. E isso acontece espontaneamente, sem ninguém ter falado para ela fazer força. Ela começa a ter essa vontade naturalmente”.

Segundo Natalia, muitas mulheres descrevem que sentem menos dor no expulsivo do que durante a fase da dilatação. Se a dor diminui, a pressão aumenta no canal vaginal. Nessa fase, é normal a mulher começar a sentir certa ardência na região, porque a cabeça do bebê está passando e vai abrindo espaço até chegar à região mais externa da vagina. Quando chegar esse momento, a mulher começa a sentir o círculo de fogo.




O que você pode fazer 

Lembre que falta pouco. Aproveite ao máximo o intervalo entre as contrações para relaxar. No meio da contração, tente achar a posição em que se sentir melhor. 

Mantenha a respiração ritmada (inspire pelo nariz e expire pela boca, com os lábios relaxados), e, se tiver vontade de gritar, urrar e gemer, não se acanhe. 



Círculo de fogo
A sensação do círculo de fogo é de queimação. É importante que a mulher esteja preparada para isso e que saiba que isso vai acontecer. É normal. Nesse período, a cabeça do bebê está quase coroando e a mulher começa a sentir um forte estiramento na vagina, de modo que a cabeça do bebê se acomode. “É muito importante que esse momento aconteça de modo suave, porque a cabecinha vai fazendo com que toda a musculatura do períneo, a pele e a mucosa dessa região se acostumem com a presença dela. A natureza age dessa forma para que a musculatura e toda essa região tenham tempo de se acostumar com esse volume que vai aumentando. Quando isso acontece aos poucos, há uma chance maior de não ter nenhum problema e nenhuma laceração. Se a mulher fizer força aos poucos, ela vai percebendo o bebê descendo, vai vendo até onde dá para ir e vai tentando relaxar essa musculatura com a presença da cabecinha do bebê ali, que vai pressionando cada vez mais. Algumas mulheres conseguem com a própria mão ajudar o bebê a sair, vão sentindo o bebê indo para fora conforme ela vai fazendo força, e isso é muito positivo para a experiência de parto. A maioria das mulheres ficam muito feliz quando conseguem sentir o bebê nascendo e percebem que elas estão fazendo isso sozinhas”, conta Natalia.
Quando o colo do útero estiver 10 centímetros dilatado, começa o trabalho duro -- e junto vem a emoção, já que a hora de você ver a carinha do seu filho está mesmo chegando. 



É nesse estágio que seu útero empurra o bebê pela vagina, ou pelo canal de parto. Muitas vezes há um certo intervalo nas contrações entre o fim do primeiro estágio e o começo do segundo, e você e seu bebê podem descansar um pouco. 



Quando as contrações voltarem, você vai sentir a pressão da cabeça do bebê entre suas pernas. A cada contração, quando você fizer força, ele vai descer mais um pouco na sua bacia, mas, quando a contração acabar, ele vai recuar! 



Não se desespere. Desde que ele esteja avançando um pouquinho por vez, está tudo bem. Quando a cabeça do bebê estiver chegando na vagina, você vai sentir uma sensação quente, de ardor, e o médico vai anunciar que o bebê está "coroando". 


Se você já tem outro filho, o segundo estágio pode durar apenas de cinco a 10 minutos. Mas, se este é o primeiro, pode ainda levar horas. 



O que você pode fazer 

Essa é a hora que você pode tudo, e só você saberá o que é melhor pra você. Que os medos e desesperos vem a tona, que queremos desistir, que absolutamente tudo de bom ou ruim interno pode ser despertado.

A dica é: não esqueça quem você é, e que você pode, que faz parte, e não precisa dar atenção aos desesperos. Ouça e foque no amor, na luz de trazer uma criança ao mundo de forma respeitosa, e na sua capacidade natural de parir. CONFIE. REZE, converse com o que acredita de divino.

Siga o que seu corpo pede e faça força quando sentir vontade. Tente não prender a respiração. Você vai ver que pode fazer força várias vezes durante uma mesma contração. 

Você pode tentar mudar um pouco de posição, na medida do possível (isso pode ser difícil se você não estiver sentindo as pernas). Às vezes ficar de lado, sobre a parte esquerda do corpo, facilita a passagem do bebê pelo canal de parto. 



Quando acaba o parto?
Com o nascimento da placenta. Após a saída do bebê, a placenta precisa sair. A mãe recém-parida vai sentir contrações durante esse período, não tão fortes como as da fase ativa. É importante que esse processo seja feito naturalmente. Ela se forma dentro do útero pelos tecidos do óvulo e é por meio dela (e pelo cordão umbilical) que o seu filho respirou e se encheu de nutrientes ao longo das semanas da gestação.
PS: Quando o parto acontece em um hospital, o procedimento padrão é descartá-la como lixo - sim, a placenta nutriu e protegeu um vida e é descartada como lixo hospitalar. Alternativas? Assinar um documento negando que seja descartada, caso você tenha seu parto em um hospital, seja ele normal, normal humanizado, seja cesárea, e levar com você. Ela pode ficar congelada até que você decida seu destino. Plantar, talvez? Caso seu parto seja domiciliar, também é possível optar pelo Parto de Lótus, no qual o cordão não é cortado do bebê, a placenta sai, portanto, ligada ao feto e ambos se desgrudam naturalmente depois de dias - há culturas indígenas que conduzem o nascimento dessa maneira. Também é possível fazer um quadro com sua placenta, a colocando sobre uma folha branca e deixando que todas as suas (incríveis) marcas se prendam na folha (muitas, muitas, formam um desenho de coração).
Depois que o bebê nasce, as contrações voltam após alguns minutos, mas com muito menos intensidade. Elas fazem com que a placenta se desprenda da parede uterina e caia na parte baixa do útero. É provável que você tenha vontade de fazer força. 



A placenta, que sustentou o bebê durante toda a gestação, sai pela vagina junto com a bolsa de líquido amniótico vazia. 



O médico vai examinar com atenção a placenta e a bolsa para ver se não sobrou nada para sair. Também vai apalpar seu abdome para verificar se o útero está se contraindo, a fim de conter o sangramento no local onde a placenta estava. 



Quanto tempo vai demorar? 


A saída da placenta leva entre cinco e 15 minutos na maioria dos casos, mas pode demorar mais. 

O que você pode fazer? 

Você não vai estar muito interessada nesse estágio, porque todas as suas atenções estarão no bebê. Só o fato de ver e pegar seu bebê, e de oferecer o seio a ele, já estimula os hormônios que ajudam a placenta a se desprender. 


E depois do terceiro estágio, o que acontece no trabalho de parto?

Agora que o parto acabou, você pode se sentir trêmula por causa da adrenalina e dos ajustes que seu corpo começa a fazer imediatamente com tamanha mudança. 



Ou pode se sentir nas nuvens, como se tivesse "tomado umas". Há mulheres, no entanto, que têm dificuldade de prestar muita atenção ao bebê logo depois do nascimento, principalmente se o trabalho de parto foi cansativo. 



Não há nada de errado com os instintos maternais: elas estão simplesmente exaustas. Se isso acontecer com você, vá com calma. Quando estiver descansada, vai estar bem mais interessada em conhecer seu filho. 



Você provavelmente estará faminta, e, depois de comemorar com a família mais próxima, pode já ligar para os amigos para dar a boa notícia. 


E então admire seu bebê. Segure-o no colo bem pertinho de você, de preferência com o contato da pele. Ofereça o seio o quanto antes: as enfermeiras/DOULA vão ajudá-la a amamentar. 

Não se preocupe se o bebê não parecer muito interessado. Só de ele estar ali, sentindo seu cheirinho e encostado em você, o aleitamento já estará sendo incentivado. 





Bibliografia/siteografia
Melo, Aline- Psicoterapeuta Natural, Reikiana, massoterapeuta e DOULA; mãe da Clara e Grávida do Edgar.

Couto, Juliana – de um site que esqueci de anotar! Desculpem!

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